Entramos no ano de 2021, e apesar da vacina contra a Covid-19 ter chegado ainda teremos algum tempo até que seus efeitos sejam amplamente sentidos e a transmissão do vírus controlada.
Ou seja, seguiremos por um período indefinido em meio à pandemia e com a necessidade constante de gerenciar os seus riscos.
Para além do âmbito politico-econômico, e das medidas sanitárias e de higiene, ao abarcarmos toda a amplitude da crise gerada pelo coronavírus percebemos o quanto cada indivíduo e grupo social tem um papel fundamental no gerenciamento da crise.
E isso nos tem ensinado a importância de entender o ser humano e suas particularidades na elaboração de estratégias e na aplicação eficaz de medidas de controle e mitigação de riscos. Um ensinamento que transpõe a pandemia uma vez que nos permite entender como as pessoas aceitam e reagem ao que lhes é imposto ou proposto, trazendo conhecimento aplicável a vários campos do saber.
Assim, podemos depreender quatro pontos fundamentais, elencados pela OMS em estudo sobre a Fadiga Pandêmica, que podem ser aplicados nas estratégias de gerenciamento de qualquer organização. São eles:
1. Entenda as pessoas
Identifique grupos prioritários, onde o risco é maior (utilize pesquisas e dados de vigilância). Entenda o que motiva esses grupos e use o que você aprendeu sobre eles para identificar suas necessidades.
2. Engaje as pessoas como parte da solução
“Passe o bastão” para pessoas que possam assumir papel de liderança dentro dos grupos identificados, promovendo comportamentos seguros. Pergunte que tipo de suporte eles precisam de você, e torne-os voluntários na promoção das ações de melhoria.
Mude o foco das ações em grupo para as ações individuais, no sentido de que cada um é parte necessária para a solução, e suas ações influenciam o todo.
3. Permita que as pessoas vivam suas vidas, mas reduza o risco
A mudança, especialmente quando visa uma estratégia de longo prazo para resultados eficazes, pode gerar desmotivação. Evite dar às ações um aspecto emergencial, aplicando o conceito de redução progressiva de danos. Esse conceito reconhece a dificuldade (ou impossibilidade) de mudar comportamentos de maneira imediata, mas que a mudança gradual é possível.
Para tanto, ajude as pessoas a perceberem quais atividades impõem maior ou menor risco e elabore guias sobre como reduzi-los. Trabalhe com o conceito de “faça diferente” ao invés de “não faça”, e evite uma cultura de julgamento e culpa.
4. Reconheça e enderece o stress imposto sobre as pessoas
A imposição de uma nova política de ação pode gerar insegurança nas pessoas sobre como aquilo irá impacta-las. Preocupações quanto ao futuro podem surgir, sendo fundamental identificá-las e passar segurança às pessoas. Reconheça isso e promova uma comunicação transparente em face a essas preocupações.
Seja empático e compreensivo, nunca punitivo.
Fonte: OMS
Tenha em mente que a mudança, para surtir resultados, depende do engajamento de todas as partes envolvidas e de bons exemplos (por meio de atitudes adequadas, corretas e justas) vindos de quem ocupa os papéis de liderança.
________
SOBRE A SOS
A Safe and Optimized Standards - SOS é uma consultoria especializada na gestão do risco da fadiga mental com vistas à minimização de falhas humanas na indústria em geral.
________
Siga a SOS nas redes sociais:
LinkedIn: linkedin.com/company/safestandards/
Instagram: instagram.com/safestandards
Comentarios