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Acidentes em longos turnos de trabalho

Atualizado: 22 de jan. de 2021

O risco da falta de descanso.


Dos transportes às plantas nucleares, os registros de acidentes ocorridos após longos turnos ininterruptos de trabalho são inúmeros, assim como os indicativos de como muitos deles tiveram a influência da fadiga motivada pela falta de descanso adequado.


Alguns desse acidentes marcaram a história da humanidade, veja:


1- Chernobil


A pequena cidade no norte da Ucrânia teve sua história e a vida de seus moradores alterada para sempre devido à explosão de um dos reatores de sua usina nuclear. Ao todo 31 pessoas morreram no local, e estima-se que outras 4 mil morreram ou ainda morrerão devido à exposição à radiação.


As investigações apontaram como causa do acidente uma falha no design do reator e erro humano, tendo como fator contribuinte a fadiga motivada por turnos de trabalho de até 13h.


O acidente aconteceu à 1h35 da madrugada, em 26 de abril de 1986.


2- Explosão do ônibus espacial Challenger


Apenas 1 minuto e 13 segundos após o lançamento a nave Challenger se desintegrou frente aos olhares atônitos dos engenheiros na sala de controle da missão, matando os 7 astronautas a bordo.


Uma falha na vedação de um dos foguetes de propulsão externos permitiu o vazamento de gás pressurizado em combustão, iniciando a sequência de eventos que levou à separação do foguete e à falha estrutural do tanque externo de combustível.


O relatório do acidente apontou que pessoas envolvidas no lançamento (em posição de liderança) haviam dormido apenas duas horas na noite anterior, e que “as horas de trabalho excessivas, apesar de admiráveis, levantam sérias questões quando ameaçam a performance no trabalho, particularmente quando decisões gerenciais críticas estão em jogo”.


Apesar da explosão ter sido inevitável após o lançamento, o mesmo poderia ter sido adiado uma vez que a temperatura externa (fator preponderante na falha da vedação do foguete, segundo as investigações) estava abaixo da recomendada para a operação.


O acidente aconteceu às 11h39 da manhã, em 28 de janeiro de 1986.


3- Vazamento de óleo do Exxon Valdez


O navio superpetroleiro Exxon Valdez derramou 11 milhões de galões de petróleo cru nas águas do porto de Valdez, no Alasca, ao ter seu casco perfurado por uma colisão com o recife Bligh, conhecido perigo local.


O óleo se espalhou por mais de 2 mil quilômetros pela costa dos EUA, matando, em números estimados, 250 mil aves marinhas, 3 mil lontras, 300 focas, 250 águias carecas e 22 baleias orca.


Segundo as investigações, o comandante do navio estava sob a influência de álcool e sonolento no momento da colisão, enquanto o terceiro oficial, membro da tripulação que costuma ser também o oficial de segurança, apresentava sinais de privação do sono. Segundo o jornal Anchorage Daily News, a tripulação havia acabado de realizar um turno de 22 horas carregando o navio.


O acidente aconteceu às 00h04 da madrugada, em 24 de março de 1989.


Turnos excessivamente longos, pouco ou nenhum tempo para dormir e descansar, pressão e as exigências do trabalho, levando a erros com resultados catastróficos.

Uma receita conhecida e que ocasiona riscos diários à operação de todas as empresas, seja um pequeno negócio, uma usina nuclear ou um grande conglomerado. A única diferença é a extensão dos danos ocasionados pelos erros.


E ao falarmos em erros, podemos expandir o conceito para além dos operacionais, uma vez que grande parte deles pode se originar das falhas administrativas e gerenciais na condução do negócio, especialmente na identificação de gargalos e na adequação das exigências do trabalho às limitações fisiológicas dos trabalhadores.


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Saiba mais sobre fadiga humana e gerenciamento de risco. Entre em contato pelo email atendimento@safestandards.com.br.

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