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Guantanamo Bay | Fadiga e segurança de voo

Atualizado: 22 de jan. de 2021


Apesar de impactar o setor de transporte aéreo (provavelmente) desde os seus primórdios, a investigação da fadiga humana como fator contribuinte em acidentes aéreos é razoavelmente recente.


O marco, sob a ótica da investigação e prevenção de acidentes, foi a queda do DC-8-60F da Kalitta International durante a aproximação final para pouso na base aérea de Guantanamo Bay, ao sul da ilha de Cuba.


O acidente


Tendo se apresentado no dia anterior, a tripulação do voo Kalitta 808 já estava trabalhando há 18 horas (9h em voo) quando iniciou a aproximação para a pista 10 de Guantanamo Bay. Sofrendo de alteração do ritmo circadiano devido ao longo período sem dormir, os pilotos perderam o controle da aeronave enquanto curvavam para interceptar o eixo da pista 10.


O relatório final do National Transportation Safety Board (NTSB) citou como provável causa do acidente a deterioração das capacidades de julgamento, decisão e habilidades de voo dos pilotos devido aos efeitos da fadiga. O NTSB também citou como fatores contribuintes adicionais a inadequação da regulamentação norte-americana quanto aos limites prescritivos e as circunstâncias que levaram ao turno estendido de trabalho, ambos elos na cadeia de eventos que levou à fadiga e aos erros cometidos pela tripulação.

Saiba mais sobre o acidente aqui.


Gerenciando os riscos da fadiga


Do arcabouço regulatório às práticas operacionais, desde o acidente com voo Kalitta 808 os avanços na mitigação dos riscos da fadiga na aviação têm sido inúmeros.


No Brasil, foram dados passos importantes nos últimos anos com o aprofundamento de pesquisas científicas e a criação do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) 117, por meio do qual a ANAC estabeleceu os limites prescritivos para as empresas que queiram implementar um Programa de Gerenciamento do Risco da Fadiga.


Com o RBAC 117, as companhias aéreas brasileiras estão tendo a oportunidade de dar um salto quantitativo em segurança, podendo implementar o que há de mais moderno em práticas voltadas ao gerenciamento da fadiga, incluindo ter um Sistema de Gerenciamento de Risco da Fadiga (Fatigue Risk Management System - FRMS) aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Ao se adequarem à nova regulamentação e avançarem no desenvolvimento de seus programas de gerenciamento de riscos, as empresas não só garantirão operações mais seguras do ponto de vista dos fatores humanos, quanto também mais eficientes e produtivas.


Um avanço importante onde todos ganham: empresas, gestores, tripulantes e usuários do transporte aéreo.

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Para saber mais sobre gerenciamento dos riscos da fadiga humana e implementação de práticas de segurança em consonância com o RBAC 117, entre em contato com a SOS pelo email atendimento@safestandards.com.

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